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Comissão de Alimentação realiza visita técnica às instalações militares do Rio

Por Alexandres Gonzaga

A Comissão de Estudos de Alimentação das Forças Armadas (CEAFA) do Ministério da Defesa (MD) realizou, ao longo desta semana, uma série de visitas técnicas às instalações de cozinha de organizações da Marinha, Exército e Aeronáutica na cidade do Rio de Janeiro. O objetivo das visitas, de acordo com a coordenadora da CEAFA, tenente-coronel Fernanda Peixoto, é a promoção de melhorias na alimentação da tropa, a identificação de boas práticas e o emprego de novas tecnologias.

“Pudemos observar os diferentes modelos utilizados em alimentação convencional e operativa (de campanha) das três Forças e um mosaico de cenários”, comentou a coordenadora.

Um dos pontos altos da inspeção foi a visita ocorrida à Divisão de Intendência Operacional da Força Aérea Brasileira (FAB), localizada na Base Aérea dos Afonsos. Nesta unidade, a equipe da CEAFA teve a oportunidade conhecer equipamentos de última geração como o Rodomapre, um módulo de alimentação a pontos remotos (Mapre).

Na estrutura de cozinha sobre rodas são preparadas simultaneamente até 120 refeições. A Divisão de Intendência Operacional possui cerca de 2 mil itens, entre barracas de alojamento climatizadas com banheiros e chuveiros, módulos de recreação, geradores de energia, equipamentos de informática e segurança.

A experiência da FAB no apoio logístico em alimentação vem se fortalecendo ao longo dos anos, e se consolidou com a inauguração, em agosto de 2008, da Central de Produção de Alimentos da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. Segundo a tenente-coronel Fernanda Peixoto, a Força Aérea vem atuando sistematicamente na construção de uma cultura em segurança alimentar.

“Isso tudo está alicerçado na gestão da qualidade e utilização das ferramentas das boas práticas de fabricação dos alimentos, quer seja na implementação de Centrais de Produção de Alimentos (CPA) ou em sua vertente operativa, com o emprego do Mapre em operações e exercícios militares”, explicou.

Marinha

Os integrantes da CEAFA visitaram, no dia 17 de março, as instalações de cozinha do Navio de Patrulha Oceânico Araguari, atracado na Base Naval da Ilha do Mocanguê. Com uma tripulação de 80 pessoas e três refeitórios, o Araguari tem capacidade para 30 dias de suprimentos. A bordo são servidas quatro refeições e um lanche por dia.

Já na Base de Fuzileiros Navais da Ilha do Governador, são fornecidas 550 refeições para militares que compõem a Força de Pacificação do Complexo da Maré (Operação São Francisco), além das 3.500 refeições produzidas para a própria base naval.

A comida é transportada diariamente em caixas box térmica para alimentar parte da tropa da Força de Pacificação.

“A incorporação de carnes congeladas porcionadas (em cubos e bifes) com tecnologia IQF (Indivual Quick Fozen) permite eliminar uma série de etapas no pré-preparo e do descongelamento e reduzir os riscos de contaminação microbiológica durante a confecção das refeições”, disse a coronel Fernanda.

Exército

No Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) do Exército, localizado ao lado do Complexo da Maré, na avenida Brasil, são preparadas 1,5 mil refeições para as forças-tarefas Cantuária e Patriota, que atuam na Pacificação da área.

Para os membros da CEAFA é sensível o esforço do Comando da Força de Pacificação para atender tempestivamente a alimentação de mais de dois mil militares em regime de trabalho extenuante.

Outra experiência marcante para a Comissão do MD foi a passagem pelo 1º Depósito de Suprimento Pandiá Calógeras (D Sup), considerada a segunda maior unidade em área construída da força terrestre, com 88 mil metros quadrados.

No Depósito, são estocados 650 toneladas de comida por mês, entre itens frigorificados e secos, além de materiais para missões de paz. Responsável por abastecer unidades do Exército no Rio de Janeiro e Entorno, o 1º D Sup alimenta 40 mil pessoas por dia e possui um laboratório para análises físico-químicas e microbiológicas dos gêneros alimentícios, garantindo assim a qualidade sanitária e a integridade dos alimentos.

Fonte: Defesanet

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